PARQUE CENTRAL 9 anos atrás

Parque Central substitui Complexo Ambiental


por iplan em 13 de abril de 2015

Um novo, moderno e completamente diferente espaço público. Esta é a proposta do Parque Central, que a Prefeitura de Ponta Grossa vai implantar, englobando – e de certa forma substituindo – o Parque Ambiental e diversos outros espaços públicos, muitos deles hoje subaproveitados.

Diferente do traçado das ruas mais próximas ao centro de Ponta Grossa – que seguem um mesmo padrão, adaptadas nem sempre com sucesso ao relevo, a área da antiga ferrovia, margeando o centro, está a área da antiga ferrovia, um dos poucos, segundo a arquiteta e urbanista Nisiane Madalozzo Wambier, do Instituto de Planejamento Urbano de Ponta Grossa (IPLAN), que foge dessa lógica, e funciona como respiro em um trecho urbano denso e impermeável, praticamente sem áreas cobertas de vegetação.

O grande desafio do governo – e do IPLAN – era o de permitir ao ponta-grossense que está e precisa estar no meio urbano, acesso a opções de lazer, disponíveis hoje em sua maioria fora do perímetro urbano (aí contados clubes, chácaras, cachoeiras). “Os espaços livres no quadro urbano são bastante limitados”, constata o secretário de Planejamento, João Ney Marçal Júnior. Além disso, esses espaços são resumidos em algumas praças, com funções definidas e insuficientes para atender à demanda de lazer e de prática esportiva.

A solução proposta pelo IPLAN é, justamente, aproveitar a faixa da rodovia, agora transformada num grande Parque, integrando o eixo de edificações da memória ferroviária (Estação Saudade, Estação Arte, Estação Paraná) e os espaços próximos, a algumas soluções inteligentes de reocupação do terreno disponível. Como o relevo é apropriado para caminhadas, por exemplo, esse é um dos principais efeitos a ser explorado. “Mas não esquecemos a necessidade de pontos de encontro e convivência”, lembra a engenheira e urbanista Sara Bobeck, também do Iplan. Muito mais quando se sabe que o Parque Central pode e deve, segundo o prefeito Marcelo Rangel, ser “um espaço de integração da cidade, uma área onde a cidade se encontre, confraternize, divirta-se, pratique esporte, passeie, caminhe ou simplesmente permaneça.

O que o governo pretende é não apenas incrementar o parque e oferecer novas opções de lazer e prática esportiva, mas revitalizar mesmo o centro da cidade, reforça o secretário João Ney Marçal Junior: “estamos trabalhando para que o entorno do parque seja de fato ocupado por moradias, e quanto mais, melhor. O centro, assim como o parque, só vai ficar melhor e mais agradável e seguro se estiver ocupado”. Assim, a proposta é fazer uma série de intervenções, algumas bastante marcantes, mas mantendo a presença constante da população ali, inclusive com uma integração bastante forte com a praça Barão do Rio Branco, o calçadão da Coronel Cláudio e a rua Fernandes Pinheiro, que será inteiramente modificada. Todos esses pontos somando-se ao complexo histórico que tem como ponto principal a Estação Saudade: “um centro vivo é um centro que tem pessoas vivendo, trabalhando, andando, se divertindo”, reforça o secretário.

 

IMPACTO

Algumas medidas de forte impacto estão previstas, entre elas uma reformulação radical na estrutura do atual Parque Ambiental, com a adoção de paisagismo mais intenso e adequado e uma nova “roupagem” no que diz respeito a mobiliário urbano, equipamentos, sanitários, opções de espaços de lazer e alimentação. “É evidente a degradação do Parque Ambiental, construído no começo da década de 90 e já bastante degradado”, registra o secretário Marçal Júnior. O prefeito Marcelo Rangel vê nessa substituição um dos pontos mais importantes de outro processo em que a cidade está inserida: “estamos modificando não só um complexo arquitetônico, que já não atende às necessidades de nossa população. Estamos mudando toda a forma de ver e viver a nossa cidade”.

Uma das mudanças mais impactantes são o espaço e a prioridade conferidas aos ciclistas, que vão dispor de faixas exclusivas ao longo do parque e uma integração com ciclofaixas que serão instaladas a partir dele. “Uma reforma não é o suficiente. Estamos fazendo uma revolução”, resume o secretário de Planejamento: “vamos redescobrir e dar o devido valor às potencialidades que temos exatamente no centro da nossa malha urbana, e que nem sempre são percebidas e muito menos aproveitadas”. Um exemplo disso é o espaço Águas de Olarias, que está na ponta Sul do Parque Central, e que será complementar ao Centro Cultural “Jovanni Masini”, integrado à nova filosofia de ocupação e uso inteligente do solo urbano: “estamos começando a resgatar o respeito e a imagem de nossos recursos mais importantes, como a cenografia, a água, os espaços abertos e os próprios desníveis do terreno, para integrar nele, de uma forma harmônica e efetiva, o cidadão. E não apenas nos finais de semana, mas no seu dia-a-dia, integrado a atividades diárias como embarcar ou desembarcar de um ônibus, fazer compras, alimentar-se ou percorrer o caminho de casa ao trabalho e vice-versa”.

Fonte: Prefeitura Municipal de Ponta Grossa.


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