PARQUE CENTRAL 9 anos atrás

Parque Central


por iplan em 13 de abril de 2015

Nos últimos meses, o IPLAN tem trabalhado no projeto do Parque Central, espaço de lazer que abrangerá desde a Rua Fernandes Pinheiro até os fundos da Biblioteca e do Conservatório.

O CENTRO DA CIDADE E O ESPAÇO LIVRE
O traçado das vias nos bairros centrais de Ponta Grossa segue sempre o mesmo padrão – é uma série de quadrículas justapostas, adaptadas ao relevo acidentado. A área ocupada pela antiga ferrovia é um dos poucos espaços que fogem dessa lógica generalizada, funcionando como respiro em um grande trecho urbano bastante denso e impermeável, com pouquíssima área vegetada.

O LAZER DENTRO DA CIDADE
Ponta Grossa caracteriza-se por ter a maioria dos espaços de lazer fora do perímetro urbano – clubes, cachoeiras, chácaras. Na área urbana, como espaços livres existem apenas algumas praças, que têm funções bem definidas e portanto não atendem a uma demanda existente de lazer esportivo. A área do parque, plana e extensa em uma cidade com relevo acidentado, é ideal para a prática de caminhada e outros esportes, além de funcionar como ponto de encontro e permanência.

PONTA GROSSA, CIDADE FERROVIÁRIA
A ferrovia foi muito importante para que Ponta Grossa se transformasse no polo regional que hoje representa. A memória ferroviária, porém, é pouco presente na paisagem do atual Parque Ambiental e nem todos os habitantes percebem a relação daquele espaço com o transporte ferroviário. Ao transformar o entorno da ferrovia no melhor espaço de convivência urbana de Ponta Grossa, com usos variados e atrativos para diferentes públicos, ao mesmo tempo daremos a devida valorização aos edifícios existentes.

A URGÊNCIA DE UMA REVITALIZAÇÃO
O atual Parque Ambiental encontra-se bastante degradado, com espaços subutilizados e pouca qualidade plástica e funcional. Há necessidade de otimizar a utilização dos edifícios históricos existentes no local e criar novos espaços para lazer, descanso e contemplação, com materiais e elementos construídos seguros, confortáveis e adequados às atividades que os pontagrossenses buscam realizar nesse espaço.

O ESTUDO PARA A MOBILIDADE E OS PARQUES LINEARES
As áreas planas e lineares de domínio da ferrovia apresentam-se, hoje, como potenciais para a configuração de parques lineares conectando diferentes pontos de Ponta Grossa. Segundo o conceito proposto pelo IPLAN no Estudo para a Mobilidade Urbana, propõe-se que o Parque Central seja o primeiro trecho de um Sistema de Espaços Livres conectando o centro aos bairros através de percursos para caminhada e transporte cicloviário.


AS BACIAS HIDROGRÁFICAS E OS PARQUES LINEARES
As áreas de fundos de vale de Ponta Grossa também se caracterizam como potenciais para a configuração de sistemas de parques lineares, devido à configuração natural das Bacias Hidrográficas. São áreas muitas vezes fragilizadas ambiental e socialmente, mas com potencial para se tornarem bons espaços de convivência. No Parque Central será incorporado um novo setor, denominado Águas de Olarias, com o objetivo de destacar que o arroio que cruza aquele espaço faz parte do sistema hídrico da Bacia de Olarias.  Essa intervenção vem a contribuir com as ações já realizadas para a conformação do Parque dos Lagos de Olarias.


O PARQUE CENTRAL
O Parque Central engloba desde a Rua Fernandes Pinheiro até a Avenida dos Vereadores. É proposta, portanto, a ampliação da atual área de parque, integrando ao mesmo áreas subutilizadas e equipamentos públicos como o Restaurante Popular, o Ginásio para Pessoas com Necessidades Especiais, a Biblioteca e o Conservatório. É proposta a readequação de usos para algumas das edificações, dando sedes a programas existentes das secretarias de Turismo, Educação, Esportes e Cultura. É incorporada como nova área de parque o trecho entre a Rua dos Operários e a Avenida dos Vereadores, compondo o Setor Águas de Olarias do Parque Central.


AÇÕES PROPOSTAS
• Praça João Pessoa – manutenção e melhorias, valorizando o desenho original da praça e sua relação com a Estação
• Rua Fernandes Pinheiro – reforma para continuidade do calçadão;
• Estação Saudade – Restauro e proposta de utilização como Museu Ferroviário, café, espaço para atos públicos e atividades culturais;
• Implantação de travessias elevadas, privilegiando o pedestre em todos os cruzamentos;
• Ampliação do número de vagas de estacionamento;
• Pista de atletismo PNE – manutenção;
• Playground do centro esportivo para pessoas com deficiência – reforma e readequação de equipamentos;
• Anfiteatro – manutenção;
• Usinas do conhecimento – manutenção e proposta de utilização como centro de informação turística e sede de programas relacionados à educação e cultura, com uso integrado do Anfiteatro;
• Estação Paraná– restauro e utilização como espaço cultural e gastronômico;
• Proposta de módulos padronizados para abrigar diferentes usos (lanchonetes, módulos policiais, instalações sanitárias, vestiários, bicicletários, lojas, centros de informação, serviços em geral). Para esses módulos, adota-se a tipologia de containers adaptados. Será possível, assim, remeter aos vagões de carga da antiga ferrovia e promover uma linguagem harmônica entre todos os elementos do parque.
• Proposta de coberturas modulares padronizadas ao longo de todo o parque, com o objetivo de ampliar as áreas sombreadas mantendo a linguagem harmônica proposta;
• Proposta de novos espaços para a prática de atividades esportivas: pistas de skate, playgrounds, academias ao ar livre, estações de alongamento, quadras poliesportivas, quadras de areia, canchas de streetball e canchas para uso livre.
• Proposta de praça com jatos d’água para recreação.  É proposta a instalação de jatos embutidos em piso drenante, permitindo a ativação esporádica. Assim, evita-se prejuízo de outros usos do mesmo espaço quando os jatos estiverem inativos.
• Setorização de circuitos: é proposta a separação dos usos de passeio, corrida e pedalada, visando a redução de conflitos e a viabilização de todos esses usos num mesmo parque. Para tanto, são traçados caminhos com materiais diferentes e dimensões apropriadas às diferentes demandas.
• Implantação de novo mobiliário urbano, iluminação pública e sinalização. Esses elementos seguem o novo padrão a adotar em toda a cidade, com diferenciação por cores para cada uma das seis regionais definidas no Plano de Mobilidade.
• Implantação de nova vegetação, nos estratos rasteiro, arbustivo e arbóreo. A arborização do parque é uma grande demanda populacional. Por haver dificuldades relativas à compactação e composição do solo, foram escolhidas espécies e método de plantio adequados para seu pleno desenvolvimento. A distribuição das diferentes espécies, relativa à posição de determinados equipamentos, contribui para facilitar a identificação dos mesmos.


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